sexta-feira, 20 de maio de 2011

Como escrever um bom artigo

Segue um fragmento do artigo "Escreva bem e pereça" publicado na Revista Pesquisa FAPESP (Abril 2011):

ROTEIRO PARA ESCREVER UM BOM ARTIGO
 
1)  Planeje na fase do projeto
Escolha revistas em que sua pesquisa poderia ser publicada e analise nelas artigos de pesquisadores com o mesmo perfil que você tem – afinal, eles viveram as mesmas dificuldades para publicar que você enfrentará. Estude as exigências de um trabalho desse tipo e tente adequar seu projeto de pesquisa a elas.

 
2) Organize as ideias
Antes de começar a escrever, analise os dados e veja a que conclusões você pode efetivamente chegar. Exponha oralmente aos colegas e faça isso até constatar que seu trabalho está claro. Escreva primeiro o resumo, para garantir que tem o domínio sobre o conjunto dos dados e está pronto para iniciar a redação.

 
3) Escreva de trás para frente
Comece pelas conclusões, destacando o que o artigo traz de novo. Em seguida escolha as figuras e redija apenas os resultados que usou para chegar às conclusões. Depois parta para os procedimentos e a discussão. Ao final, faça a introdução, que deve justificar os objetivos. Por fim, cuide do título.

 
4) Capriche na carta ao editor
A apresentação do artigo ao editor é uma chance de usar uma abordagem menos formal para defender as conclusões de seu artigo e cativar o editor e não deve ser menosprezada como ferramenta de divulgação. Muitos pesquisadores perdem essa chance ao fazer apresentações burocráticas e desinteressantes.

 
5) Aprenda com fracassos
Se o manuscrito for rejeitado, tente descobrir os motivos. O feedback do fracasso é essencial para poder corrigir os erros do artigo ou pelo menos para não repeti-los na pesquisa seguinte. Esse expediente também ajuda a aprimorar a redação e a aprender a escolher o periódico adequado.

por Gilson Volpato, UNESP

Artigo na íntegra

segunda-feira, 16 de maio de 2011

P A I Programa de Assist à Adolescência e Infância, Vitória da Conquista

Os alimentos arrecadados no 1º Aulão: Prática e Desenvolvimento foram doados ao P A I Programa de Assistência à Adolescência e Infância, Vitória da Conquista.










Aulão: Prática e Desenvolvimento!!! SUCESSO


O primeiro "Aulão" realizado pelo Centro Acadêmico de Ciências Contábeis com apoio do Coordenador do curso, Empresa Junior e FAINOR aconteceu dia 14 de Maio de 2011. Contou com a ilustre presença do Professor Alexandre Alcantara, que ministrou uma brilhante aula  sobre as NORMAS DA ABNT PARA ARTIGOS ACADÊMICOS, os alunos presentes ficaram satisfeitos com o evento. Esse foi só o primeiro de muitos ouros que viram.

Credenciamento

Aula

Aula

Aula

Membros do C.A e o Professor Alexandre

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Centro Acadêmico de C. Contábeis - MOBILIZAÇÃO PARA O AULÃO

O Centro Acadêmico de Ciências Contábeis da Fainor, se propos a criar aulas de complementação para os alunos de Ciências Contábeis da Fainor.
Essas aulas serão oferecidas, visando aproximar estudantes de bacharelado e professores e promover uma (re) leitura e discussão sobre os temas concernentes a esta ciência e ao seu ensino.
O objetivo é promover um evento (aulas) para complementação do aprendizado e integração entre os diversos níveis de ensino da Ciência Contábil, assim teremos a possibilidade de trocar idéias, experiências e informações sobre Contabilidade na contemporaneidade. O primeiro aulão, como está sendo chamado, será ministrado pelo Prof. Alexandre Alcantara, e terá por tema “Como elaborar artigos acadêmico e as normas da ABNT”, e acontecerá no próximo dia 14/05 (sábado).


Membros do Centro Acadêmico de C. Contábeis

 Membros do Centro Acadêmico de C. Contábeis





quarta-feira, 11 de maio de 2011

CONTABILIDADE GERENCIAL - O QUE É? COMO UTILIZÁ-LA?



A contabilidade é uma ferramenta indispensável para a gestão de negócios. De longa data, contadores, administradores e responsáveis pela gestão de empresas se convenceram que amplitude das informações contábeis vai além do simples cálculo de impostos e atendimento de legislações comerciais, previdenciárias e legais.
Contabilidade Gerencial, em síntese, é a utilização dos registros e controles contábeis com o objetivo de gerir uma entidade.
A gestão de entidades é um processo complexo e amplo, que necessita de uma adequada estrutura de informações - e a contabilidade é a principal delas.
Além do mais, o custo de manter uma contabilidade completa (livros diário, razão, inventário, conciliações, etc.) não é justificável para atender somente o fisco. Informações relevantes podem estar sendo desperdiçadas, quando a contabilidade é encarada como mera burocracia para atendimento governamental. 
Objetivamente, o custo médio de uma contabilidade de empresa de pequeno porte (faturamento até R$ 120.000/mês) é acima de R$ 600,00. Numa empresa de médio porte (faturamento até R$ 1.000.000/mês) este custo vai a R$ 3.000,00 ou mais. Tais empresas precisam aproveitar as informações geradas, pois obviamente este será um fator de competitividade com seus concorrentes: a tomada de decisões com base em fatos reais e dentro de uma técnica comprovadamente eficaz – o uso da contabilidade.
A contabilidade gerencial não “inventa” dados, mas lastreia-se na escrituração regular dos documentos, contas e outros fatos que influenciam o patrimônio empresarial.
Dentre as utilizações da contabilidade, para fins gerenciais, destacam-se, entre outros:
1. Projeção do Fluxo de Caixa
2. Análise de Indicadores
3. Cálculo do Ponto de Equilíbrio
4. Determinação de Custos Padrões
5. Planejamento Tributário
6. Elaboração do Orçamento e Controle Orçamentário

CONDIÇÕES
O primeiro passo para uma contabilidade verdadeiramente gerencial, é que esta seja atualizada, conciliada e mantida com respeito às boas técnicas contábeis.
Desta forma, pressupõe-se, entre outros, que uma contabilidade para uso gerencial deva ter: 
1.     Contas bancárias devidamente “fechadas” com os respectivos extratos, sendo as diferenças demonstradas e que tais diferenças não afetem o resultado pelo regime de competência. Admite-se, tão somente, as típicas “pendências” bancárias, como cheques não compensados e pequenos valores de débitos e créditos a ajustar. Valores expressivos, como débitos de juros e encargos sobre financiamentos, devem estar contabilizados.
2.     Provisões de Férias e 13º Salário feitas mensalmente, com base em relatórios detalhados do departamento de recursos humanos. A falta de provisão mensal distorce as demonstrações contábeis, pois o regime de competência não é atendido.
3.       Depreciações, amortizações e exaustões, contabilizadas com base em controles do patrimônio.
4.       Registro dos tributos gerados concomitantemente ao fato gerador, efetuando-se também a Provisão do IRPJ e CSLL, conforme regime a que está sujeito a empresa (lucro real, presumido ou arbitrado).
5.     Nas empresas que se dedicam às atividades imobiliárias, optar por contabilizar custos orçados das obras. Outras atividades também exigirão técnicas contábeis específicas, como as cooperativas e as instituições financeiras.
6.       Receitas, custos e despesas, reconhecidas pelo regime de competência, como detalhado adiante. 

O REGIME DE COMPETÊNCIA CONTÁBIL 
O reconhecimento das receitas e gastos é um dos aspectos básicos da contabilidade que devem ser conhecidos para poder avaliar adequadamente as informações financeiras.
Sob o método de competência, os efeitos financeiros das transações e eventos são reconhecidos nos períodos nos quais ocorrem, independentemente de terem sido recebidos ou pagos.
Para todos os efeitos, as Normas Brasileiras de Contabilidade elegem o regime de competência como único parâmetro válido, portanto, de utilização compulsória no meio empresarial.


segunda-feira, 9 de maio de 2011

Aprendendo Contabilidade

Doze dicas para maximizar o seu potencial

Por Isabel Sales

O professor Ph.D. David Albrecht escreveu um artigo publicado na American Journal of Business Education no qual sugere 12 dicas para que os alunos maximizem seu potencial em aulas de contabilidade, o qual recomendo.

Ele conta a história de uma de suas alunas, Brenda, que não se destacava em suas aulas até tirar uma nota baixa, se irritar e afirmar que ainda daria a volta por cima nessa matéria. Claro que o professor não acreditou tendo em vista que, em sua experiência, aquilo era um grave e comum caso de maus hábitos estudantis. Mesmo que alguns alunos tentem uma reviravolta, não conseguem, simplesmente por não saberem estudar apropriadamente para uma aula de contabilidade. Essa doença pode ser curada, mas é necessária uma mudança no panorama, assim como um considerável esforço.

Felizmente Brenda ganhou destaque como uma das alunas preferidas do professor Albrecht. Ela se tornou mais participativa em aula e rapidamente seus comentários refletiam pontos-de-vista fantásticos. Conseguiu, ainda, tirar a nota máxima nas duas avaliações subseqüentes e encerrou o semestre com uma das maiores pontuações.

Muitas vezes os alunos perguntam aos professores como alcançar um bom desempenho nas matérias de contabilidade. Para ajudar, seguem as 12 dicas de Albrecht:

1. Saiba o que o professor espera: Os professores de contabilidade, quase sem exceções, se importam com seus alunos e ficam ansiosos para que se saiam bem nas avaliações. É possível tirar notas máximas, desde que os alunos entendam e identifiquem os conceitos, além de aplicá-los corretamente a qualquer pergunta que o professor fizer. Isso depende mais de boas técnicas de estudo do que de uma excelente inteligência.

2. Aprenda sozinho: A função do professor é apresentar o conteúdo do curso e explicá-lo. Não é responsabilidade dele que você aprenda o material, mas sim que o conteúdo seja apresentado de uma forma que possibilite o aprendizado. Aceite a responsabilidade e seja seu próprio professor.

3. Se empenhe desde o primeiro dia: Não procrastine e deixe o estudo apenas para a véspera das avaliações. Estudar de forma distribuída entre diversos dias ajuda a pensar sobre a matéria, contemplar potenciais aplicações, associar o conhecimento aos conceitos e deixar o subconsciente trabalhar no aprendizado. Estudar na véspera ocasiona ansiedade e estresse que são, comprovadamente, prejudiciais à atividade do lóbulo frontal (onde o aprendizado acontece).

4. Frequente todas as aulas: Há alta correlação entre a frequência regular de alunos e as notas finais. Assim, pense no tempo gasto em aula como tempo de estudo intensificado. Se a sua mente divagar, puxe-a de volta. Mesmo que você saiba a matéria, quanto mais repassar o assunto, maior será o conhecimento, a lembrança e a precisão.

5. Faça boas anotações: Em geral as anotações feitas por alunos não são boas o suficiente. Se esforce para que a sua seja. Anote o que o professor fala e, especialmente, o que coloca no quadro. Dentro das próximas 24h reescreva tudo, isso reforçará os pontos-chave. Se as aulas forem com base em apresentações de slides, confie nos arquivos do professor. Nesse caso o foco deverá ser voltado para o estudo do livro-texto.

6. Participe da aula: Se dois alunos estudarem o mesmo tanto, terá desempenho melhor o que participar ativamente das aulas. Quando o professor falar, imagine que ele está se dirigindo diretamente a você. Se importe, pois aquela é a sua aula. Não tenha medo de participar e dar respostas erradas, você poderá aprender com seus erros.

7. Leia e releia o livro-texto várias vezes: A primeira leitura deverá ser prazerosa, identificando os tópicos do capítulo. A segunda deve ser bem detalhada, com duração de cerca de duas a quatro horas. Ao resolver o dever de casa faça a terceira leitura e volte aos pontos-chave. Após o tópico ser apresentado em aula, leia o capítulo pela quarta vez.

8. Procure padrões: Após fazer boas anotações e ler o livro de forma crítica, você está em uma ótima posição para identificar padrões-chave. Comece enumerando os passos utilizados nas resoluções de problemas. Em seguida, utilize essa lista como guia e inicie a resolução de novas questões. Se você não conseguir completar o exercício com precisão com base nessa lista inicial, acrescente alguma mensagem explicativa ou pontos adicionais.

9. Faça o dever de casa: As regras contábeis foram feitas pelos homens e, nem sempre evidentes por si só, precisam ser aprendidas com base em um processo que inclui repetição e reforço. Resolva todos os exercícios e problemas do livro-texto.

10. Estude com amigos: Pratique a explicação e compreensão estudando com outros colegas. Como benefício adicional, o ato de analisar se o que o seu colega está elucidando é correto ajuda o desenvolvimento do seu senso crítico.

11. Estude muito e com determinação para cada prova: Recomenda-se 15 horas de estudo com foco apenas nas provas. Isso pode aparentar muito esforço, mas ser um bom aluno acarreta um alto custo de oportunidade. Se você não se preparar adequadamente para as avaliações prejudicará uma das principais razões em se fazer uma faculdade. De tal modo, identifique o que o professor espera que você saiba e quão bem, identifique o formato da prova (discursiva, múltipla escolha), refaça provas antigas, reveja suas anotações, trabalhe cada problema, se concentre nos princípios e padrões, assim como em sua aplicabilidade em cenários variados.

12. Tenha uma vida saudável: O lobo frontal do seu cérebro pode reagir negativamente a um estilo de vida prejudicial. Portanto, durma bem, pratique exercícios, beba muita água, se alimente de forma saudável, tome banhos de sol.

Aí estão as dicas para que você se torne um aluno melhor. Te desejo uma boa jornada!

Escrito por Alexandre Alcantara  

CAPITAL INTELECTUAL


A sociedade como um todo está vivendo transformações. "Assim, os teóricos desta proposição afirmam que, desde o início dos tempos as transformações e mudanças vêm ocorrendo ininterruptamente. Agora, ao apagar das luzes do segundo milênio, estas mudanças estão se tornando mais intensas. Se no passado, o fim do predomínio das atividades agrícolas como meio de ocupação e geração de riqueza levou, digamos, dois séculos, atualmente migramos de um predomínio para outro com a velocidade da internet!"(Dal Piero, 2000)
Por isso que cada vez mais, tanto empresas como pessoas estão investindo alto no intelecto. Cada vez mais o ser humano descobre a necessidade de buscar e compartilhar mais e mais conhecimento.
As empresas estão dando mais importância às pessoas nas organizações. De acordo com Dal Piero: "é comum o pensamento de que seres humanos não devem ser tratados como despesa. No mínimo, devem ser vistos como ativos da empresa. No entanto , este ativo produz à partir de movimentos intangíveis – o pensamento, o raciocínio, a síntese e análise – e assim tornar-se difícil de contabilizar, dimensionar potencial e dar uma face econômica/financeira do ser humano". Até agora, podemos dizer que o conhecimento é fator importante para o sucesso de uma empresa.
O capital intelectual é formado por três componentes: capital humano, capital estrutural e capital do cliente.
O capital humano é a ‘capacidade necessária para que os indivíduos ofereçam solução aos clientes’(Stewart, 1998), citado por Mário Henrique. O capital humano é necessário a uma organização, pois ela é a fonte de inovação e renovação. Quanto maior é a qualidade do seu capital humano maior tende a ser a eficácia da empresa frente aos seus clientes e concorrentes.
O capital estrutural é o valor que pertence à empresa. "É fruto da inteligência humana e baseia-se em pessoas dispostas a compartilhar, que é um ato sempre voluntário. A liderança é fundamental para o sucesso da sua gerência". (Mário Henrique, 2000).
Segundo Pedro Valdenir "quanto mais se coloca capital intelectual no capital estrutural, a organização tende a viver mais. Essa é uma forma de socializar o talento.
O capital de cliente é o valor dos relacionamentos de uma empresa com as pessoas com as quais negocia. É justamente neste componente, o relacionamento com clientes, que o capital se transforma em dinheiro, por este motivo que este capital é medido com mais freqüência do que os outros.
Falamos como é formado o capital intelectual, mas o que é então capital intelectual? Para Stewart(1998, p.13), citado por Dal Piero ‘constitui a matéria intelectual – conhecimento, informação, propriedade intelectual, experiência – que pode ser utilizada para gerar riqueza. É a capacidade mental coletiva’.
Para Lopes de Sá, o conceito de capital intelectual, parece-lhe pecar pela inadequação da expressão, pois segundo ele: "parece paradoxal ligar-se o que por natureza é inerte e objeto de sofrer ação (o capital) com o que por natureza é imaterial e agente de movimento (o intelecto), mesclando-se fatores que de fato convivem nas células sociais mais que possuem naturezas diferentes.
Ainda segundo Lopes de Sá "o que na realidade existe, é uma influência intelectual sobre o capital, não me parecendo adequado, pois o uso da expressão ‘capital intelectual’ como um conceito científico ou mesmo até empírico".
A gestão do capital intelectual já é uma matéria que engloba todos os cenários, com o objetivo de alertar para algumas tendências, não só uma ferramenta cada vez mais importante como também, no sentido mais profundo do termo, um novo paradigma deste início do século XXI. Segundo Marco Aurélio Vianna "empresas de todos os portes, incluindo a miríade de empreendedores que iniciarão seus negócios nessas próximas décadas, deverão incorporar nos seus negócios esta nova forma de pensar. Contabilizar, administrar, auditar, gerenciar, planejar, organizar, controlar e todos os outros verbos que formam a administração tradicional, estarão destinados a apenas 20% do valor real de uma empresa. Permanecer neste caminho será a tática mais rápida para o fracasso empresarial.
Por este motivo é que muitas empresas como a American On Line, a Microsoft, a Nike, a Amazon, possuem poucos ou quase nada de bens tangíveis como veículos, terrenos, instalações, etc. Para se ter uma idéia a livraria de maior crescimento no mundo, a Amazon, segundo Marco Aurélio, não tem um metro quadrado de lojas, a Nokia que fatura 200 milhões de dólares, a Nokia não possui mais do que 5 empregados. Por esta razão é que se fôssemos mostrar o seu balanço patrimonial real, não haveria quase nada no seu ativo, mas a sua marca, o seu alcance e o seu capital intelectual pesa muito para se conquistar clientes e investidores.
Ainda hoje existem empresas, pessoas e organizações que escolhem produzir com ações individuais, mas isso deve ser alterado e com urgência, para que o conhecimento e a informação não fiquem nas mãos de uma única pessoa, pois a saída desta da organização pode implicar na amnésia organizacional. Por isso, as organizações, não devem deixar que o conhecimento fique nas mãos de uma única pessoa e vá embora quando esta sair da empresa, causando prejuízo frente aos seus clientes e investidores. Hoje o que está em moda é a palavra "grupo", isso mesmo, muitas empresas estão adotando e investindo no trabalho em equipe, estimulam o aprendizado em grupo. Conforme observa Drucker(1997, p. 66), citado por Dal Piero, ‘individualmente, cada um contribui apenas com fragmentos’. Para Dal Piero: "numa organização é necessário que se forme um todo e não partes para se evitar perdas econômicas grandiosas".
Para Robinson Passos de Castro a empresa é como uma árvore: se as suas raízes (o capital intelectual) for forte e bem estruturado, onde haja uma junção do conhecimento de todos que formam uma organização, esta empresa irá dar bons frutos, ou seja, a sua copa, as suas folhas serão bonitas de se verem e com isso atrairá clientes e fornecedores.
Segundo Robinson Passos em tempos de crise e de concorrência acirrada o poder concentra-se no detentor de informações. Por isso é que está nas raízes o maior patrimônio de uma empresa.
A tendência para o século XXI é as empresas operarem cada vez mais em redes, pois para Marco Aurélio Vianna: "as empresa vão operar em progressão geométrica, pequenos núcleos de grandes cérebros serão capazes de criar negócios de grande porte através de sua capacitação de concertação, formação de empresas em rede e desenvolvimento de marca. O ativo tangível destas networks será uma parcela cada vez menor do valor global do negócio estruturado.
A contabilidade encontra dificuldades para desempenhar o seu papel devido à nova realidade em que vivemos, pois ela precisa encontrar formas de mensurar e contabilizar o capital intelectual. Segundo Mário Henrique: "podemos verificar este fato no valor de uma empresa que excede o valor contábil, e geralmente é atribuído ao capital intelectual, além de um prêmio para a obtenção do controle gerencial. As regras contábeis não permitem que se pague esta diferença em troca de nada, sendo esta chamada de fundo de comércio". O método contábil tem limitações, tais como a dificuldade em lidar com elementos não quantitativos e que fazem com que os relatórios contábeis não revelem exatamente a realidade financeira e econômica de uma empresa, apesar de seguir os procedimentos corretos.
Por esta razão é usual existir um balanço contabilístico para fins de natureza legal e um outro, negocial, para fins de transação ou alienação. Para Lopes de Sá: "a maior valia que muitas empresas conseguem em seus trepasses, em relação ao que espelham em suas demonstrações contabilísticas, é real e pode ter várias causas". Lopes de Sá diz que "os métodos contabilísticos tradicionais, de demonstração do patrimônio limitam-se à evidenciação deste como se tal substância não sofresse outra influência que não fosse a da combinação de seus próprios elementos.
Mas algumas áreas do conhecimento humano, como a administração, psicologia, sociologia estão mudando seu ponto de vista com relação ao capital intelectual, elas estão dando um tratamento mais profundo e preciso de ativos humanos em vez da abordagem tradicional, como despesa. Países do Mercosul com a Argentina, Paraguai e Uruguai dão aos bens intangíveis representados por marca, patentes, franquias e outros bens, inclusive o conhecimento, um tratamento específico, eles já propõe como forma de contabilização, que os gastos com recursos humanos sejam registrados no ativo diferido, e à medida que transcorrer o tempo do potencial de geração de resultados, tais gastos devem ser diferidos para o resultado.
Ainda, em relação à dificuldade sentida pelos profissionais de contabilidade na mensuração da força humana de trabalho, Iudícibus(1998, p.62), citado por Dal Piero, diz que esta ‘raramente é retratada no ativo, a não ser em artigos de pesquisas e investigativos’. Para Dal Piero, isto representa além de uma omissão nos demonstrativos contábeis, no que concerne ao valor do capital humano, uma demora no avanço do cenário contábil.
O estudo da contabilidade, aqui no Brasil, ainda está lento. Existem poucos autores que falam a respeito. Nossas leis estão ultrapassadas, para se ter uma idéia, a lei que rege a nossa contabilidade, a lei 6.404, Lei das Sociedades por Ação é de 1976, onde na qual, regula as nossas demonstrações, fazendo com elas retratem apenas aquilo que o fisco quer ver e não o que os clientes e investidores necessitam ver.
Mensurar o capital intelectual é difícil, dar valores ao conhecimento humano é complexo, mas a nossa contabilidade tem que se atualizar, precisa estudar meios para medir o conhecimento e sua capacidade de criá-lo e convertê-lo em lucro.
Para o futuro, Lopes de Sá, admite que "uma nova ciência surgirá, amalgando as da Administração, Contabilidade, Direito, Economia, Sociologia, Psicologia, cada uma com a sua parcela, para formar uma Sociopatrimoniologia, competente para criar uma nova sociedade" que será capaz de mensurar o valor do intelecto humano.

Bibliografia
CASTRO, Robinson Passos de. O Profissional na Sociedade do Conhecimento. In: V JORNADA PIAUIENSE DE CONTABILIDADE. Teresina, 2000. A Contabilidade Social no 3º Milênio.
DAL PIERO, Francisco (2000). A "Era da Marca". Um Recado aos Contadores / O Momento é de Proteger e Contabilizar o Capital Intelectual. http://www.rondonia.com
LOPES DE SÁ, Antônio (2000). Influência Intelectual e a Doutrina Neopatrimonialista da Contabilidade / Os Valores Intangíveis da Riqueza Patrimonial e a Contabilidade do Intelectual / Qualidade Intelectual dos Agentes do Capital.http://www.lopesdesa.com.br
MENDES, Mário Henrique de Freitas (2000). Capital Intelectual: O Desafio do Terceiro Milênio. http://www.uefs.br/exerecic/
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 21ª ed. São Paulo, Cortez, 2000.
VALDENIR, Pedro (2000). Gestão do Capital Intelectual: um Caminho Simples para o Sucesso Organizacional. http://www.institutomvc.com.br
VIANNA, Marco Aurélio Ferreira (2000). Capital Intelectual, um futuro que já chegou. http://www.institutomcv.com.br

PARE DE CONFUNDIR VENDAS CANCELADAS COM DEVOLUÇÃO DE VENDAS

O Manual de Contabilidade Societária veio para substituir o Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações. O novo Manual de Contabilidade Societária traz as atualizações à Lei n. 6.404/76 através da Lei n. 11.638/07 e 11.941/09, mas mantém o mesmo ponto de vista do Manual de Contabilidade Sociedades por Ações, no tocante as contas Vendas Canceladas e Devolução de Vendas. Na página 484 item 28.1.2. CONTAS NECESSÁRIAS, no item II - DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA, diz: “1. VENDAS CANCELADAS e DEVOLUÇÕES” e na 487 item 28.2.1 VENDAS CANCELADAS diz: “Vendas Canceladas é conta devedora que deve incluir todas as devoluções de vendas.” O Manual de Contabilidade Societária é um livro lido hoje por profissionais de contabilidade, professores, alunos e outros profissionais de atividades afins. Existe por tanto a necessidade de aproximação da teoria à prática dos estabelecimentos comerciais, industriais e outros, para aumentar cada vez mais a sua importância como fonte de pesquisa.
No estudo teórico da Contabilidade normalmente se encontra afirmações que não condizem com a prática contábil. É o caso do novo manual de contabilidade quando confunde vendas canceladas com devolução de vendas. Na verdade, a venda poderá ser cancelada quando a empresa efetua o pedido e comunica em seguida a desistência do mesmo, solicitando o cancelamento do pedido. Isto poderá ocorrer antes ou depois da nota fiscal ser emitida, desde que a mercadoria não tenha sido enviada para a empresa compradora. Observa-se na prática que para haver o cancelamento, é necessário que a mercadoria não tenha saído do estabelecimento. No máximo, pode ter acontecido o faturamento sem que haja a saída da mercadoria, o que será resolvido pelo cancelamento da nota fiscal (caso tenha sido emitida), não sendo feito nenhum registro fiscal nem contábil. Então, as escritas fiscal e contábil não reconhecem tal evento, pois nota fiscal cancelada não possui registro contábil.
A Devolução de Venda é um fato que ocorre após o envio da mercadoria para o estabelecimento comprador. Os motivos que determinam a devolução poderão ser vários, porém dentre eles, um será suficiente para que a empresa desista de receber a mercadoria. A devolução ocorre após a emissão da nota fiscal ao estabelecimento comprador e constata-se que o mesmo desistiu da aquisição, sendo necessária a emissão de uma nota fiscal pela empresa desistente, onde a natureza da operação será DEVOLUÇÃO DE VENDA.
Conclui-se que a Venda Cancelada é completamente diferente da Devolução de Venda quando vista no dia-a-dia do mundo empresarial. Veja que a primeira trata-se de uma eliminação da transação inicial no nascedouro e a segunda acontece depois da emissão da nota fiscal e do envio da mercadoria ao comprador.
Autor:
Humberto Xavier de França é professor do UNIPÊ do Curso de Ciências Contábeis, instrutor da ESAT Escola de Administração Tributária no curso de formação de Auditor Fiscal Tributário e Auditor Fiscal Tributário da Secretaria de Estado da Receita da Paraíba.

PEQUENAS, MÉDIAS EMPRESAS E NORMAS DE CONTABILIDADE

Tão intensas têm sido as difusões sobre as vantagens da aplicação nas pequenas e médias empresas das normas contábeis que possuem a denominação de “internacionais” que bem se justificam esclarecimentos.
Entendo que não existe vantagem em aplicar as aludidas normas nas empresas menores tal como se encontram redigidas e muito menos dever legal de fazê-lo.
Por força de lei os empresários e os profissionais não estão obrigados a seguir as nominadas normas internacionais (IFRS) nas pequenas e médias empresas.
Até que exista expressa revogação do estabelecido pelo que Código Civil Brasileiro (Lei 10.406/02) no que tange à matéria contábil quem não seguir o legislado estará à margem da lei.
Inequívoca será a desobediência das pequenas e médias empresas ao mencionado Código, (especificamente em relação aos artigos 1.179 e seguintes sobre a escrituração) se adotarem o modelo das IFRS, pois, este se conflita em muitos pontos com o exigível por lei.
Igualmente riscos de natureza tributária implicarão problemas que atingirão a um só tempo empresário e profissional da Contabilidade.
Na realidade poderão ter sérios problemas as empresas de menor dimensão que aplicarem os aludidos procedimentos denominados como “internacionais”, um a vez que os mesmos em questões básicas estão em sentido oposto ao que é legal.
As empresas pequenas e de médio porte devem seguir ao que determina o Código Civil Brasileiro, enquanto não for o mesmo expressamente modificado.
Ninguém pode obrigar o profissional da Contabilidade a seguir as IFRS a não ser a Lei.
No momento nenhuma punição pode ser imposta a um profissional que não seguir as IFRS nas pequenas e médias empresas por que só a lei isso poderá determinar.
Tem sido difundido com alguma insistência que há vantagem e maior “transparência” em se empregar as aludidas normas, mas, nenhum dos artigos e notas que li apresenta de forma técnica, clara e ostensiva em que consiste o benefício.
Para argumentar as razões de minha discordância de naturezas científicas, técnicas e éticas quanto à aplicação das mencionadas IFRS, sobre malefícios notórios que possam advir do emprego dos procedimentos alardeados como “vantajosos” está sendo lançado o livro de minha autoria NORMAS INTERNACIONAIS E FRAUDES EM CONTABILIDADE.
Deixar de evidenciar quais seriam as vantagens da mudança de critérios sem esclarecer positiva e concretamente por que existiria “obrigatoriedade” em aplicá-los, sem citar a lei que a isso compele, apregoar ser “nova Contabilidade” sem apresentar o que foi criado no campo científico, falece em qualidade intelectual e ética.
As normas denominadas como “internacionais”, tais como estão editadas, são infiéis à ciência da Contabilidade, transgridem algumas leis, se acham envolvidas em acendrado subjetivismo e apresentam sérios defeitos conceituais em face da realidade objetiva.
Consagra a referida IFRS o alternativo quando nos textos se encontram muitas expressões mal redigidas em vernáculo a respeito de “pode ser assim”, “mas pode deixar de ser assim”, “e também pode ser assim”, ou seja, adotando critério avesso ao científico.
Dentre os muitos casos polêmicos e de má qualidade técnica das IFRS (que em mais de 200 páginas discorro na obra que escrevi) está o relativo ao conceituado como “Valor Justo”, critério que agasalha o arbítrio e a manipulação, esta duramente criticada por expressivas inteligências do mundo contábil e econômico (que minha obra identifica).
A liberalidade ensejada por esse procedimento de avaliação, concedida pelo regime normativo mencionado é ilegal, tendo sido responsável por expressivo número de fraudes como relataram noticiários internacionais.
A pouca responsabilidade com a sinceridade dos demonstrativos contábeis apoiados em normas, tem provocado imagem amplamente negativa dos profissionais.
Isso inclusive tem colocando em dúvida até a necessidade efetiva de auditoria, considerando o quanto ocorreu de homologação de inverdades, como a imprensa vem denunciando de há muito, como acusa relato ácido sobre o rumoroso e grave caso da Lehman Brothers e muitos outros que estão referidos no livro que escrevi.
Em diversos aspectos, notadamente nos relativos à avaliação, classificação e conceituação as normatizações têm ensejado situações ilógicas, ilegais e graves escândalos.
Enganosa vem sendo também a difusão de que tais normas possuem consenso mundial.
Basta ler o editado amplamente na imprensa estrangeira para que se tenha absoluta convicção de que as IFRS não possuem no momento acolhimento integral nos maiores mercados internacionais de ações.
Evocar obrigatoriedade e vantagem das aludidas, alegando que todo o mundo está de acordo com as mesmas é informar enganosamente.
Discordo do que se tem difundido sobre a obrigatoriedade e vantagem em se adotar esse padrão importado de instituição particular sediada na Inglaterra (IASB).
As denominadas IFRS ensejam lesão à sinceridade, esta que é obrigatória em face do artigo 1.188 do Código Civil Brasileiro (Lei 10.406/02), assim como várias disposições ostensivamente expressas na legislação nacional.
Admito, entretanto, que mesmo se um dia o profissional da Contabilidade for obrigado legalmente a aplicar as referidas IFRS, a ele restará pela frente o dever ético de alertar sobre as inverdades contidas no regime normativo e que possam vir a afetar informações pelas quais é responsável.
Se um dia houver uma lei que obrigue a seguir as aludidas normas deverá o profissional da Contabilidade, por lealdade, lisura no cumprimento da tarefa, quando ocorrer, informar que foi compelido a demonstrar dessa ou daquela forma em razão da imposição de IFRS, mas, que em seu modo de entender a realidade é diferente.

Fonte: Artigo do Professor Antonio Lopes de Sá

CRESCE A DEMANDA PELA CERTIFICAÇÃO DIGITAL

A cada dia é maior a utilização de Certificados Digitais, seja me instituições públicas ou privadas. AC Fenacon se prepara para ter grande parcela no mercado para emissão desses documentos.
A crescente demanda por Certificados Digitais recebeu forte impulso nos últimos tempos. As instituições públicas e privadas têm percebido cada vez mais os benefícios oferecidos por ela.
benefícios que proporcionam grande ganho de tempo, redução de gastos com materiais físicos, agilidade nos processos burocráticos, menores custos, segurança nas transações, respaldo legal e sigilo nas negaciações.
Hoje, o governo é o mairo incentivador do uso de Cerrificado Digital, onde os órgãos públicos são responsáveis por centenas de serviços utilizados em massa pelos contribuintes do país.
Com esse crescimento do uso da certificação por parte dos órgãos públicos e empresas privadas, a Autoridade Certificadora - AC Fenacon tem realizado intenso trabalho para ampliar o atendimento aos diversos segmentos da sociedade.
No embalo desse ritmo acelerado, a meta da AC Fenacon para este ano é instalar 500 pontos e tornar-se responsável por 35% do mercado de emissões de certificados digitais no país. Para o gestor comercial da AC Fenacon, Geraldo coelho, nesse processo a Certificação Digital começa a deixar de ser um assunto para técnicos e profissionais de tecnologia e fica cada vez mais ao alcance do cidadão brasileiro.
Geraldo, ressalta ainda que a Certificação Digital ja é realidade. No entanto, falta maior disseminação e educação sobre o assunto. “Todos os setores precisam entender os aspectos e as funções da Certificação Digital, pois em breve ela fará parte do dia a dia das pessoas”, afirma.
A existência de casos práticos de aplicações da Certificação Digital mostra que esta já não faz mais parte do futuro, mas sim da atual realidade de empreas, órgãos e sociedade.
A Autoridade Certificadora - AC Fenacon assinou convênio com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para emissão da nova carteira da OAB com Certificado Digital. Essa parceria disponibilizará mais opções de pontos de atendimentos na confecção do documento.
Segundo o presidente da Fenacon, Valdir Pietrobon, a parceria é umas uma ação que quebra o mito da certidicação digital criada apenas para o recebimento de guias do Imposto de Renda. Ela não é mais um documento, é sim “o documento” que irá facilitar a vida da sociedade brasileira.

Fonte: Fenacon em serviços - Março/Abril 2009.